Martinelli - 77106
João - 20033
Reino
Monera
O reino monera
compreende seres formados por células procariontes,
que são: as bactérias, as cianobactérias e as arqueobactérias, seres simples e unicelulares.
Bactérias
As bactérias são
microrganismos unicelulares, como já
citado anteriormente, que
estão entre os menores, mais simples e mais abundantes organismos do planeta.
Sendo encontrados
tanto no solo, na água doce, no mar, no ar, na superfície e no interior dos
organismos, em objetos e nos materiais em decomposição.
As bactérias podem
viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. De
acordo com a forma que apresentam recebem uma denominação específica: bacilos (alongadas), cocos (esféricas), espirilos (espiral) e vibriões (em
forma de vírgula).
Os cocos podem se
associar formando diversos tipos de colônias: Diplococos, Estafilococos, Estreptococos, Pneumococos e Tétrade,
que podem causar diversas doenças, entre elas, cólera, difteria, febre tifoide, lepra, meningite, tuberculose.
Muitas bactérias são
úteis ao homem, como o ácido acético, usado para a fabricação do vinagre, os
lactobacilos usados na fabricação de iogurtes, queijos e coalhadas, como também
as que vivem no trato digestivo e produzem vitaminas essenciais à saúde.
As bactérias
decompositoras permitem a decomposição da matéria orgânica morta, colaborando
na reciclagem de diversos elementos.
Cianobactérias
Definição:
Antigamente
conhecidas como algas-azuis, as cianobactérias são uma subclasse de bactérias.
Grande parte das espécies vive em águas marinhas, de lagos, rios e solos
úmidos. O acúmulo de matéria orgânica nestes ambientes favorecem o surgimento e
desenvolvimento das cianobactérias.
Principais
características:
- São
encontradas em diversos formatos: bastonetes, esferas e filamentos.
- Realizam
fotossíntese aeróbica (usam a água como doador de elétrons e liberam oxigênio).
São autotróficos, já que a fotossíntese é a principal forma de obtenção de
energia.
- Medem
apenas alguns micrômetros, ou seja, podem ser vistas somente com a ajuda de
microscópios.
- Não
possuem membrana nuclear.
- Podem ser
encontradas no formato unicelular, em colônias de cianobactérias unicelulares
ou apresentam organização em forma de filamentos.
- Grande
parte das espécies (não coloniais) possui reprodução assexuada.
Liberação
de toxinas
Algumas
espécies de cianobactérias produzem e liberam toxinas na água que podem
envenenar outros animais que habitam o mesmo ambiente ou contaminar a água
potável, levando doenças aos seres humanos. As mais prejudiciais para os seres
humanos (causadoras de doenças) são as hepatotoxinas e as neurotoxinas. O
grande problemas é que muitas destas toxinas não podem ser eliminadas pelo
processo de fervura da água ou por métodos tradicionais usados em Estações de
Tratamento de Água.
Arqueobactérias
Definição:
As
arqueobactérias são seres procariontes pertencentes ao grupo Archaea. São
bactérias primitivas, sendo que existem apenas cerca de vinte espécies.
Características
principais:
- Possuem a
capacidade de viver em locais onde as condições de vida são extremamente
adversas para a grande maioria dos seres vivos. Habitam em locais com grande presença
de sal, extremamente ácidos, baixíssima umidade, ausência de oxigênio,
temperaturas muito elevadas ou muito baixas.
- Possuem
parede celular composta por proteínas, glicoproteínas e polissacarídeos.
- Possuem
de 0,1 micrómetros (μm) até 15 micrômentros de diâmetro, portanto, são visíveis
apenas com o uso de microscópios potentes.
Tipos
de Arqueobactérias
Bactérias
metanogênicas
São
arqueobactérias anaeróbias (vivem na ausência de oxigênio) que possuem a
capacidade de fabricar gás metano. Vivem geralmente em regiões profundas dos
oceanos, em áreas de pântanos e também no sistema digestório dos animais
ruminantes (atuam na digestão da celulose).
Bactérias
halófilas extremas
Estas
bactérias habitam áreas aquáticas com elevada concentração de sal. Estão
presentes no Mar Morto e também em salinas (lagoas formadas pela água do mar
para a produção do sal de cozinha).
Bactérias
termófilas extremas
São
bactérias que habitam águas com temperaturas muito elevadas (entre 70º e 150ºC)
como, por exemplo, fendas vulcânicas. São organismos quimiossintetizantes, pois
obtém energia através da oxidação do enxofre.
Exemplos
de arqueobactérias:
- Nanoarchaeum equitans
- Halobactéria sp.
- Sulfolobus sp.
Reprodução das Bactérias
A reprodução mais comum nas bactérias
é assexuada por bipartição ou cissiparidade. Ocorre a duplicação
do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. As bactérias
multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando dispõem de
condições favoráveis.
A separação dos cromossomos irmãos conta com a participação dos mesossomos,
pregas internas da membrana plasmática nas quais existem também as enzimas
participantes da maior parte da respiração celular.
Esporulação
Algumas
espécies de bactérias originam, sob certas condições ambientais, estruturas
resistentes denominadas esporos. A célula que origina o esporo se
desidrata, forma uma parede grossa e sua atividade metabólica torna-se muito
reduzida. Certos esporos são capazes de se manter em estado de dormência por
dezenas de anos. Ao encontrar um ambiente adequado, o esporo se reidrata e
origina uma bactéria ativa, que passa a se reproduzir por divisão binária.
Os
esporos são muito resistentes ao calor e, em geral, não morrem quando
expostos à água em ebulição. Por isso os laboratórios, que necessitam
trabalhar em condições de absoluta assepsia, costumam usar um processo
especial, denominado autoclavagem,
para esterilizar líquidos e utensílios. O aparelho onde é feita a
esterilização, a autoclave, utiliza vapor de água a temperaturas da ordem de
120ºC, sob uma pressão que é o dobro da atmosférica. Após 1 hora nessas
condições, mesmo os esporos mais resistentes morrem.
A
indústria de enlatados toma medidas rigorosas na esterilização dos alimentos
para eliminar os esporos da bactéria Clostridium
botulinum. Essa bactéria produz o botulismo, infecção frequentemente
fatal.
Reprodução sexuada
Para as
bactérias considera-se reprodução sexuada qualquer processo de transferência
de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA
da bactéria doadora se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos
com novas misturas de genes. Esses cromossomos recombinados serão
transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir.
A
transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três
maneiras: por transformação, transdução e por conjugação.
Transformação
Na
transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são
incorporados à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de
bactérias mortas. Esse processo ocorre espontaneamente na natureza.
Os
cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética,
para introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas.
Transdução
Na
transdução, moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando
vírus como vetores (bactériófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias,
podem eventualmente incluir pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de
hospedeira. Ao infectar
outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o
seu. Se a bactéria
sobreviver à infecção viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria
em seu genoma.
Conjugação
Na
conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria
doadora, o "macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso
acontece através de microscópicos tubos protéicos, chamados pili, que as bactérias "macho"
possuem em sua superfície.
O fragmento
de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria
"fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que serão
transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.
Estrutura das bactérias
Flagelos bacterianos
Estes
apêndices alongados e finos são compostos por uma proteína chamada flagelina.
Esta estrutura é responsável pela locomoção de algumas espécies de bactérias.
Portanto, nem todas as bactérias possuem flagelos.
Parede celular
Fica
ao redor da membrana plasmática e tem como principais funções garantir a
proteção celular e dar formato à célula bacteriana. Esta parede protetora é
forte e densa.
Cromossomo
Composto
por ADN que forma uma única cadeia circular em hélice dupla. Apresenta
dobras, porém a camada protetora é ausente. Os cromossomos das bactérias
estão localizados no citoplasma.
Fimbrias
São
filamentos formados por tubos curtos e em grande quantidade. Embora parecidas
com os flagelos, não possuem função locomotora. A função das fimbrias varia
de espécie para espécie. Em algumas, desempenha o papel de fixação em
substratos e, em outras, exerce a troca de ADN em processos parassexuais.
Cápsulas
Com
grande presença de água, estas cápsulas ficam ao redor da parede celular.
Além de favorecerem a aderência ao substrato, também ajudam as bactérias a
resistirem ao processo de fagocitose.
Esporos
Formam
uma camada protetora em alguns gêneros de bactérias, tornando-as mais
resistentes à mudanças ambientais que ameassem sua sobrevivência. Também
atuam na proteção contra agentes químicos e físicos.
Membrana celular
Na
maioria dos gêneros, atuam na produção de energia para a célula, além de
possibilitar a troca de substâncias com o meio externo.
Citoplasma
Líquido
de consistência viscosa com presença de enzimas e metabólitos. Grande parte
do metabolismo das células bacterianas ocorre no citoplasma. Os ribossomos
ficam espalhados pelo citoplasma.
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