quinta-feira, 20 de abril de 2017

Reino Monera - Resumo

Martinelli - 77106
João - 20033
Reino Monera
O reino monera compreende seres formados por células procariontes, que são: as bactérias, as cianobactérias e as arqueobactérias, seres simples e unicelulares.

Bactérias

 

As bactérias são microrganismos unicelulares, como já citado anteriormente, que estão entre os menores, mais simples e mais abundantes organismos do planeta.

Sendo encontrados tanto no solo, na água doce, no mar, no ar, na superfície e no interior dos organismos, em objetos e nos materiais em decomposição.
As bactérias podem viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. De acordo com a forma que apresentam recebem uma denominação específica: bacilos (alongadas), cocos (esféricas), espirilos (espiral) e vibriões (em forma de vírgula).

Os cocos podem se associar formando diversos tipos de colônias: Diplococos, Estafilococos, Estreptococos, Pneumococos e Tétrade, que podem causar diversas doenças, entre elas, cólera, difteria, febre tifoide, lepra, meningite, tuberculose.
Muitas bactérias são úteis ao homem, como o ácido acético, usado para a fabricação do vinagre, os lactobacilos usados na fabricação de iogurtes, queijos e coalhadas, como também as que vivem no trato digestivo e produzem vitaminas essenciais à saúde.

As bactérias decompositoras permitem a decomposição da matéria orgânica morta, colaborando na reciclagem de diversos elementos.






Cianobactérias

Definição:

Antigamente conhecidas como algas-azuis, as cianobactérias são uma subclasse de bactérias. Grande parte das espécies vive em águas marinhas, de lagos, rios e solos úmidos. O acúmulo de matéria orgânica nestes ambientes favorecem o surgimento e desenvolvimento das cianobactérias.

Principais características:

- São encontradas em diversos formatos: bastonetes, esferas e filamentos.

- Realizam fotossíntese aeróbica (usam a água como doador de elétrons e liberam oxigênio). São autotróficos, já que a fotossíntese é a principal forma de obtenção de energia.

- Medem apenas alguns micrômetros, ou seja, podem ser vistas somente com a ajuda de microscópios.

- Não possuem membrana nuclear.

- Podem ser encontradas no formato unicelular, em colônias de cianobactérias unicelulares ou apresentam organização em forma de filamentos.

- Grande parte das espécies (não coloniais) possui reprodução assexuada.  

Liberação de toxinas

Algumas espécies de cianobactérias produzem e liberam toxinas na água que podem envenenar outros animais que habitam o mesmo ambiente ou contaminar a água potável, levando doenças aos seres humanos. As mais prejudiciais para os seres humanos (causadoras de doenças) são as hepatotoxinas e as neurotoxinas. O grande problemas é que muitas destas toxinas não podem ser eliminadas pelo processo de fervura da água ou por métodos tradicionais usados em Estações de Tratamento de Água.



Arqueobactérias

Definição:

As arqueobactérias são seres procariontes pertencentes ao grupo Archaea. São bactérias primitivas, sendo que existem apenas cerca de vinte espécies.

Características principais:

- Possuem a capacidade de viver em locais onde as condições de vida são extremamente adversas para a grande maioria dos seres vivos. Habitam em locais com grande presença de sal, extremamente ácidos, baixíssima umidade, ausência de oxigênio, temperaturas muito elevadas ou muito baixas.

- Possuem parede celular composta por proteínas, glicoproteínas e polissacarídeos.

- Possuem de 0,1 micrómetros (μm) até 15 micrômentros de diâmetro, portanto, são visíveis apenas com o uso de microscópios potentes.

Tipos de Arqueobactérias

Bactérias metanogênicas

São arqueobactérias anaeróbias (vivem na ausência de oxigênio) que possuem a capacidade de fabricar gás metano. Vivem geralmente em regiões profundas dos oceanos, em áreas de pântanos e também no sistema digestório dos animais ruminantes (atuam na digestão da celulose).

Bactérias halófilas extremas

Estas bactérias habitam áreas aquáticas com elevada concentração de sal. Estão presentes no Mar Morto e também em salinas (lagoas formadas pela água do mar para a produção do sal de cozinha).

Bactérias termófilas extremas

São bactérias que habitam águas com temperaturas muito elevadas (entre 70º e 150ºC) como, por exemplo, fendas vulcânicas. São organismos quimiossintetizantes, pois obtém energia através da oxidação do enxofre. 

Exemplos de arqueobactérias:

- Nanoarchaeum equitans

- Halobactéria sp.

- Sulfolobus sp.



             Reprodução das Bactérias



A reprodução mais comum nas bactérias  é assexuada por bipartição ou cissiparidade. Ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. As bactérias multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando dispõem de condições favoráveis.
A separação dos cromossomos irmãos conta com a participação dos mesossomos, pregas internas da membrana plasmática nas quais existem também as enzimas participantes da maior parte da respiração celular.

Esporulação
Algumas espécies de bactérias originam, sob certas condições ambientais, estruturas resistentes denominadas esporos. A célula que origina o esporo se desidrata, forma uma parede grossa e sua atividade metabólica torna-se muito reduzida. Certos esporos são capazes de se manter em estado de dormência por dezenas de anos. Ao encontrar um ambiente adequado, o esporo se reidrata e origina uma bactéria ativa, que passa a se reproduzir por divisão binária.
Os esporos são muito resistentes ao calor e, em geral, não morrem quando expostos à água em ebulição. Por isso os laboratórios, que necessitam trabalhar em condições de absoluta assepsia, costumam usar um processo especial, denominado autoclavagem, para esterilizar líquidos e utensílios. O aparelho onde é feita a esterilização, a autoclave, utiliza vapor de água a temperaturas da ordem de 120ºC, sob uma pressão que é o dobro da atmosférica. Após 1 hora nessas condições, mesmo os esporos mais resistentes morrem.
A indústria de enlatados toma medidas rigorosas na esterilização dos alimentos para eliminar os esporos da bactéria Clostridium botulinum. Essa bactéria produz o botulismo, infecção frequentemente fatal. 

Reprodução sexuada
Para as bactérias considera-se reprodução sexuada qualquer processo de transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. Esses cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir.
A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: por transformação, transdução e por conjugação.

Transformação
Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são incorporados à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Esse processo ocorre espontaneamente na natureza.
Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas.


 

Transdução
Na transdução, moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bactériófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.




Conjugação
Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o "macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos protéicos, chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície.
O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.




Estrutura das bactérias



Flagelos bacterianos

Estes apêndices alongados e finos são compostos por uma proteína chamada flagelina. Esta estrutura é responsável pela locomoção de algumas espécies de bactérias. Portanto, nem todas as bactérias possuem flagelos.


Parede celular

Fica ao redor da membrana plasmática e tem como principais funções garantir a proteção celular e dar formato à célula bacteriana. Esta parede protetora é forte e densa.

Cromossomo

Composto por ADN que forma uma única cadeia circular em hélice dupla. Apresenta dobras, porém a camada protetora é ausente. Os cromossomos das bactérias estão localizados no citoplasma.


Fimbrias

São filamentos formados por tubos curtos e em grande quantidade. Embora parecidas com os flagelos, não possuem função locomotora. A função das fimbrias varia de espécie para espécie. Em algumas, desempenha o papel de fixação em substratos e, em outras, exerce a troca de ADN em processos parassexuais.


Cápsulas

Com grande presença de água, estas cápsulas ficam ao redor da parede celular. Além de favorecerem a aderência ao substrato, também ajudam as bactérias a resistirem ao processo de fagocitose.

Esporos

Formam uma camada protetora em alguns gêneros de bactérias, tornando-as mais resistentes à mudanças ambientais que ameassem sua sobrevivência. Também atuam na proteção contra agentes químicos e físicos.

Membrana celular

Na maioria dos gêneros, atuam na produção de energia para a célula, além de possibilitar a troca de substâncias com o meio externo.

Citoplasma

Líquido de consistência viscosa com presença de enzimas e metabólitos. Grande parte do metabolismo das células bacterianas ocorre no citoplasma. Os ribossomos ficam espalhados pelo citoplasma.







Nenhum comentário:

Postar um comentário