No capítulo 1 estudamos a classificação de todos os seres vivos. Todos os dados presentes nesse texto foram retirados de nosso livro didático e das nossas anotações de aula.
Conforme se desenvolviam as civilizações e a humanidade em geral, tentava-se classificar os animais. Inicialmente fazia-se pela experiência prática - se um animal era venenoso/nocivo, comestível, etc.
O primeiro passo maior foi dado por Aristóteles. Ele focou mais especificamente nos animais, porém foi o primeiro a criar uma classificação propriamente dita. Segundo ele, os seres vivos eram organizados conforme a complexidade: nós no topo da escala, as plantas mais abaixo e os minerais no extremo inferior.
Teofrasto, sucessor de Aristóteles, interessou-se pelas plantas e as classificou em três tipos: ervas, arbustos e árvores. Óbvio que todas essas classificações eram muito rudimentares, mas foram o pontapé inicial para a ciência que vemos hoje.
Com o tempo, as classificações foram aperfeiçoando-se e ficando cada vez mais específicas. Mas o maior passo para os sistemas de classificação (a taxonomia) que temos hoje foi dado pelo sueco Lineu. Foi ele quem criou alguns táxons que usamos até hoje (em ordem decrescente): Reinos, classes, ordens, gêneros e espécies.
Lineu criou a convenção para a nomenclatura das espécies. Escreve-se assim:
Homo sapiens
O gênero sempre tem letra maiúscula, seguido da palavra que, acompanhada da anterior, denomina a espécie (essa inicia em minúsculas). Note que o nome está todo em itálico.
Ademais, caso queira-se escrever o nome à mão, o autor sublinhá-lo-á. sendo que as duas palavras devem ser sublinhadas em separado.
Atualmente, as divisões dão-se desse maneira (da maior para a menor): reino, filo, classe, família, ordem, gênero e espécie.
Atualmente agrupam-se os animais não por suas semelhanças aparentes, mas sim por sua semelhança genética.
E como são geradas as espécies?
Elas podem gerar-se por meio da especiação, nome genérico para as diferentes maneiras de se "criar" espécies novas. Os três principais tipos são:
- A deriva genética, que acontece geralmente quando ocorre um desastre natural. Por exemplo, suponhamos que em uma ilha há um alagamento, mas em uma parte mais alta alguns indivíduos da espécie x sobrevivem. Quando a água baixar eles repovoarão o local com os seus genes, causando mudanças na espécie ou mesmo criando uma espécie nova.
- O efeito fundador. Quando uma nova colônia é criada em determinado local e os indivíduos dessa colônia não mais se reproduzem com outros, a tendência é que esses indivíduos tornem-se uma nova espécie algumas gerações adiantes. Mas é bom ressaltar que esses indivíduos devem estar totalmente isolados dos outros.
- A seleção natural. A teoria, criada por Charles Darwin, diz que os indivíduos mais fortes de determinada espécie tendem a dar continuidade à própria espécie. Ao longo das gerações, essas mudanças e mutações podem fazer com que novas espécies apareçam.
As relações de parentesco entre as espécies (filogenia) podem ser representadas por gráficos chamados cladogramas. Como são os cladogramas? Segue a imagem:
A base do cladograma denomina-se táxon ancestral; os pontos de divisão chamam-se nós. Quanto mais acima no gráfico, mais complexa/recente é a espécie (de certa forma e com as devidas proporções, da mesma forma que Aristóteles fez).
Interpretar um cladograma é relativamente simples. Nesse da imagem, podemos perceber e/ou concluir que:
- Os coelhos e os primatas estão mais próximos que tubarões e anfíbios;
- Os crocodilos estão tão próximos dos pássaros quanto os primatas dos coelhos;
- A espécie que está no nó que deu origem aos anfíbios se aparenta com um anfíbio atual;
- O táxon ancestral do cladograma tem uma coluna vertebral;
- A partir do nó que dá origem aos anfíbios, os animais têm quatro patas; etc.
Fontes:
OSORIO, Tereza Costa (org). Ser protagonista: Biologia, 2º ano: Ensino Médio. 2ª ed. São Paulo: Edições SM, 2013.
Anotações do caderno
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